Antigamente a violência conjugal era discutida a partir da concepção homem-agressor versus mulher-vítima e entendida como violência contra mulher. No entanto, artigos científicos contestam essa visão, possibilitando o entendimento do tema por meio dos múltiplos papéis de homens e mulheres numa relação afetiva violenta, reconhecendo que homens e mulheres sofrem, praticam e sentem a violência em proporções variadas.
Este artigo relata estas considerações investigando concepções de gênero e violência conjugal de nove psicólogos que trabalhavam em programas públicos que atendem envolvidos em violência conjugal na Grande Vitória, por meio de entrevista semi–estruturada. Destacando os seguintes significados: parte dos psicólogos desenvolve ações referenciadas aos princípios do movimento feminista e demonstram em seus discursos influências marcantes de uma concepção dualista; outra parcela de psicólogos também considera as assimetrias entre os gêneros, porém considera claramente os custos das cobranças de gênero e as conseqüências da violência conjugal para homens e mulheres, aproximando-se do referencial relacional.
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