quarta-feira, 30 de abril de 2014

Pintura de J B Debret



A discriminação já existe desde a colonização, imagens que retratam o cotidiano brasileiro apresentam a comparação dos negros a instrumentos de trabalho e animais. Com a abolição, o negro foi  relegado ao status de cidadão, de segunda classe, excluídos dos direitos sociais e de cidadania por uma concepção de história branca européia que enfatizava  o movimento operário na perspectiva do branco imigrante europeu. E, na contemporaneidade ainda é percebido o quanto se explora as relações entre racismo e política, que se traduz racismo enquanto política de exclusão.


Fabiana

O racismo é mais um 'fantasma' no Brasil: o exemplo no futebol brasileiro

A partir da Idade Moderna, a escravidão passou a ser vinculada a raça. Europeus passam a utilizar os africanos como escravos. Com o tempo a condição de escravo passou a ser associada a cor da pele. E com ela uma ideologia de desvalorização dos negros. Mesmo com o fim da escravidão e com a igualdade jurídica dos negros, o preconceito racial persistiu. Essa herança é percebida no cotidiano geralmente de forma velada. Entretanto, em muitos casos esse preconceito racial é explicito como na reportagem. Infelizmente não se restringe ao esporte.
 

Diversidade racial em foco

E continuando a análise sobre a expressão "#somostodosmacacos" que tem tomado as redes sociais de famosos e anônimos temos esta reportagem da globo.com, em que a Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, reconhece a boa intenção da imagem proposta pela suposta campanha contra o racismo, mas também a critica pelo possível risco de reforçar a associação da pessoa negra ao macaco, tendo em vista o valor histórico deste estereótipo.
No entanto, reconheceu a atitude de Daniel Alves como positiva em relação ao torcedor que atirou a banana: "Para o momento foi perfeita.", diz Bairros.
Além disto, Bairros cita outras campanhas que estão em discussão a favor da diversidade racial, inclusive para ser lançada na Copa.

Link: "Para ministra, frase de Neymar contra racismo pode reforçar estereótipo."

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Direitos: Igualdade nas diversidades

Sobre a questão do preconceito a pouco li um desabafo de um professor negro que disse parecendo estar esgotado de resistir, “ eu já não aguento mais, estou perdendo a paciência, quando saio as ruas e estou caminhando as pessoas começam a me olhar de rabo de olho, acelero o passo, quando vejo o temor nos olhos delas, eu sento no primeiro banco que aparece e espero elas tomarem distancia, ou então ando mais devagar ou acelero o passo e as ultrapasso... cansei dessa sensação das pessoas acharem que estão perseguidas ou que de que estão em perigo quando eu, simplesmente, estou caminhando na rua... vindo dar minhas aulas... ou indo ao mercado... “ Senti uma grande tristeza na fala dele. Ao sair do trabalho pensei como seres humanos podem se sentirem melhores que os outros agredindo pessoas inocentes...