segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Programa Pró-equidade de gênero e raça



Texto sobre o Programa Pró-equidade de gênero e raça, planejamento e ações a fim de disseminar novas concepções na gestão de pessoas e na cultura organizacional e alcançar a igualdade entre mulheres e homens no mundo do trabalho.


Link: Pró-Equidade de Gênero e Raça enfrenta desigualdades no ambiente profissional

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

http://blogueirasfeministas.com/2014/09/o-sexo-e-as-negas-racismo-e-estereotipos/

http://blogueirasfeministas.com/

O Sexo e as Negas: racismo e estereótipos

Texto de Bia Cardoso para as Blogueiras Feministas.
Estreou na última terça-feira, “O Sexo e as Negas”, nova série das terça-feiras na Rede Globo. Desde que foi anunciado, o programa vem provocando questionamentoscríticas e ações de boicote, especialmente por parte das mulheres negras. Infelizmente, o primeiro episódio mostrou que muitos dos temores se confirmaram.
A primeira cena vai ao passado, em 1926, para contar como se deu a formação da Favela da Praia do Pinto. Quem esperava logo no início o protagonismo estampado das negras, surpreende-se ao ver que essas primeiras cenas contam a história do nascimento de Jesuína, vivida pela atriz branca, Claudia Gimenez. Tudo isso com narração do autor branco, Miguel Falabella. Apenas aos 2 minutos, avistamos as quatro protagonistas, entrando em cena triunfal com roupas e cabelos estilosos, na linha Sex And The City que o seriado pretende emular.
Cena do primeiro episódio do seriado "O Sexo e as Negas" da Rede Globo.
Cena do primeiro episódio do seriado “O Sexo e as Negas” da Rede Globo.
Porém, diferentemente do seriado americano, em que sexo e homens eram alguns dos principais assuntos, mas todas as protagonistas tinham também carreiras profissionais e tornavam-se cada vez mais bem sucedidas em suas vidas; “O Sexo e as Negas” resume tudo a sexo e homens, inclusive o problema da mobilidade urbana e do transporte público.
Uma das primeiras frases ouvidas é que: “o problema do transporte acaba atrapalhando a vida amorosa da gente”. Quando mostram duas das personagens no metrô lotado não há discussão sobre assédio e nem o que poderia ser feito para melhorar a questão do excesso de passageiros. A solução é comprar um carro, veja só! Para comprar um carro é preciso dinheiro. Fora o fato de que é estranhíssimo quatro mulheres tão descoladas não terem pesquisado e se informado sobre valores de carros usados, já que elas chegam ao vendedor como se não tivessem nenhuma noção, a solução encontrada para conseguir dinheiro é jogar no Jogo do Bicho, o que no Brasil é crime.
Então, vamos pegar nossa cartela do Bingo e marcar a lista de estereótipos em relação a mulheres negras e pessoas que vivem em comunidades, especialmente no Rio de Janeiro:
1) mulheres negras estão o tempo todo pensando em homens;
2) mulheres negras estão sempre prontas para fazer sexo no local de trabalho ou carros usados, desde que eles custem 15 mil reais;
3) pessoas que vivem em comunidade estão sempre envolvidas com atos criminosos, seja com o chefe do tráfico ou com o Jogo do Bicho;
4) “As mulheres todas querem casar, todas elas tem a mesma coisa na cabeça, arrumar quem pague as contas”, afirma Big, homem negro que tem esse nome por ter um pênis grande;
5) “A única coisa que bota um cara na cadeia no Brasil é pensão alimentícia, por isso a primeira coisa que elas fazem é arrumar um filho”, complementa o personagem Adilson, pedreiro branco que provavelmente não conhece a realidade das cadeias brasileiras.
Portanto, por mais que as protagonistas sejam guerreiras, trabalhadoras e que não levam desaforo para casa, no fundo elas só querem um homem para bancá-las e uma pensão alimentícia para garantir(?) o futuro. Que retrato bacana, não é mesmo? É tão bom quando nos mostram que por mais que as mulheres negras ascendam socialmente, tenham sonhos, lutem por eles, sempre haverá alguém para dizer onde é exatamente o lugar delas.
Isso fica bem explícito em duas cenas. Na primeira, a personagem Soraia está esperando a patroa entregar o pagamento do dia como cozinheira, enquanto isso, o patrão chega de cueca com o peito desnudo e a olha lascivamente. Em outra cena, a atriz famosa da qual Zulma é camareira pede que ela guarde uma jóia. Zulma diz que tem receio de sair na rua com uma pulseira tão cara, ao que a personagem da atriz responde: “E você acha que no seu braço alguém vai achar que é de verdade?”.
Nesse primeiro episódio, as quatro negras enfrentam diferentes situações de machismo e racismo, mas apenas Lia responde de forma explícita como visto na cena da churrascaria em que trabalha.
Quando criticamos o programa, o autor e a Rede Globo, não estamos dizendo que Miguel Falabellaé o anti-cristo do racismo e que deveria ser preso, estamos apontando que os estereótipos estão se repetindo mais uma vez. Quando enfatizamos que é um autor branco escrevendo sobre mulheres negras, que uma atriz branca encarna o papel da sabedoria para as personagens negras, estamos explicitando que há pouquíssimas pessoas negras exercendo o papel de criadores (autores, roteiristas, diretores) na televisão. Um veículo que ainda é o maior meio de comunicação do pais e que isso tem consequências diretas na vida das mulheres negras brasileiras.
O retrato da mulher negra na televisão tem relação direta com a imagem da mulher negra forjada no período escravocrata, com algumas poucas mudanças aqui e acolá. Ao chamarem as críticas de moralistas, questionando: qual o problema em associar negras ao sexo? As pessoas esquecem que, no Brasil, as mulheres negras tem mais chances de serem vítimas de violência, especialmente estupros, porque são vistas como promíscuas, lascivas, provocadoras. Não faz muito tempo, a cervejaria Devassa fez uma campanha publicitária extremamente racista em que sua cerveja preta era vendida com o slogan: “É pelo corpo que se reconhece a verdadeira negra”.
A mulher negra é extremamente sexualizada por nossa cultura, que a coloca na maior parte das vezes como uma transa exótica. Ao mesmo tempo que é sedutora, é pecadora, pois não é vista como a mulher decente, a mulher para casar. De que cor falamos quando usamos a expressão “da cor do pecado”?
As mulheres negras recebem menos anestesia em hospitais e sofrem mais violência obstétrica, porque mulher negra é forte, aguenta tudo. Não é à toa que o termo “mulata”, tão exaltado como representação da beleza negra, tenha sua origem na palavra “mula”, animal utilizado especialmente para carga.
As mulheres negras veem diariamente o genocídio dos jovens negros ceifarem a vida de seus filhos, mas quem se importa quando mais um negro morre na periferia de uma grande capital? Logo elas terão outros filhos, afinal, mulher negra e pobre no Brasil sempre tem um monte de filhos, não é?
Para que você, mulher negra, quer fazer uma universidade de elite? Cota é para quem évagabunda! Volte para seu lugar, pois minha preocupação é: como farei para ter um empregada doméstica, agora que elas tem tantos direitos? Esses são apenas alguns exemplos das consequências da imagem da mulher negra que está fixada no imaginário social.
Temos visto, nos últimos anos, inúmeros casos de racismo sendo denunciados e expostos, muitas pessoas negras não ficam mais caladas diante dos absurdos cotidianos. Porém, a sociedade brasileira insiste em fechar os olhos para a gravidade do problema, se recusa a implementar ações para resolver a questão, que não pode passar só pela criminalização. A educação, as cotas raciais, as críticas a imagem do negro nos meios de comunicação, o atendimento a essa população específica nos órgãos públicos, entre outras questões, tudo está interligado.
Sabemos bem o que acontece quando apontamos o racismo. Logo gera-se uma “polêmica”. A primeira coisa que fazem é negá-lo ou relativizá-lo. A segunda é apelar para o mito da democracia racial, tão conveniente para aqueles que estão no poder. A terceira é dizer que tem parentes, amigos ou empregados negros. A quarta é reclamar nas redes sociais que não se pode mais chamar um bolo de chocolate de nega maluca. A quinta é gritar: racismo reverso! Como se fosse possível jogar 300 anos de cultura escravocrata com um guindaste numa pessoa branca. Chega-se até mesmo a dizer que o racismo não existe, porque muitas vezes perder a cabeça e dizer algo ofensivo é biológico, como tenta nos fazer acreditar um médico neurologista num programa matinal de televisão.
A boa notícia é que hoje as mulheres negras estão cada vez mais dispostas a brigar por respeito e isso incomoda muito, porque significa que novos espaços serão conquistados por elas, nem que seja na base da força. Por isso, convido você a acompanhar o projeto #AsNegaReal das Blogueiras Negras que pretende apontar e debater o racismo presente nesse novo programa.
Por fim, dois projetos estrangeiros que mostram como poderia ser um Sex And The City escrito por mulheres negras: An African City, criação de Nicole Amarteifio e Girlfriends, criação de Mara Brock Akil.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

http://veja.abril.com.br/blog/leonel-kaz/sem-categoria/escravidao-a-brasileira/

http://veja.abril.com.br/blog/leonel-kaz/sem-categoria/escravidao-a-brasileira/

. Os ricos brasileiros tem um comportamento exatamente oposto aos ainda mais ricos americanos...Tratar mal os despossuídos é parte de uma mentalidade escravocrata que ainda nos domina. Somos preconceituosos em tudo; até contra os que tudo tem. Vejamos bem o recente episódio de crítica da candidata-presidente à sua oponente Marina, por esta ser apoiada por uma banqueira. Ora, Neca Setúbal – a quem não conheço – é herdeira de uma fração de 0,5% do Itaú, mas nunca participou da gestão do banco. Dedica sua vida à causa da educação. No entanto, por puro preconceito, é discriminada, “rebaixada”, desqualificada pela presidente por ser o que não é: banqueira."
Quase dois séculos depois desta gravura de Debret, pintor que veio com a Missão Francesa de 1816 ao Brasil, pouco mudou no tratamento que se dá aos subalternos ou aos que nos prestam serviços.
VEJA.ABRIL.COM.BR

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Seriado sexo e as negas

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/09/1514411-seriado-sexo-e-as-negas-e-investigado-por-racismo.shtml?cmpid=%22facefolha%22

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terça-feira, 9 de setembro de 2014

http://homosimpatia.blogspot.com.br/

Pesquisa Ibope revela que 79% dos eleitores brasileiros são contra a descriminalização da maconha, e apenas 17% a favor. Um placar semelhante envolve a questão do aborto: 79% são contrários à legalização e 16%, favoráveis. A maioria - ainda que por margem não tão larga - também rejeita o casamento gay: 53% a 40%. O tema da união entre homossexuais ganhou força na campanha eleitoral depois de a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, alterar o capítulo de seu programa de governo que tratava do tema. Aproveitando-se da repercussão do caso, a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) passou a defender a criminalização da homofobia em discursos. 

Mais informações no blogspot acima.Paz e Amor!

domingo, 7 de setembro de 2014

Módulo IV

Diversidade Cultural

Um dos principais objetivos das ações de políticas públicas para a cultura, além de facilitar o acesso da população, é provocar o debate e a formação cultural da sociedade, através dessas iniciativas. Tornar acessível o conhecimento cultural contribui imensamente na preservação da memória e identidade de uma nação. Por isso, é de extrema importância que as gestões públicas e privadas que promovem iniciativas com financiamento público, abram esse tipo de espaço para os debates.