quinta-feira, 1 de maio de 2014

Tema 3: Resumo e estudos de comunidades e cotidiano / Diversidades de Gênero e Raça


Sobre as comunidades que circulam a grande Vitória, o resumo se refere as Paneleiras de Goiabeiras, esta por ter sido a primeira identidade tombada pelo IPHAN, tornando a Patrimônio Imaterial, inscrita nos livro dos saberes em 2002.  A identidade das paneleiras surgiu pela busca de auto afirmação, pois as perdas dos traços identitários constitui um desgarramento perigoso, que leva a perda a alienação, o que gera impactos desastrosos como o impedimento do florescer da cultura e do vigor espiritual de um povo, justificando assim a escolha da pesquisa as Paneleiras de Goiabeiras. E, por ser um caso que se ajusta no pensamento da prática de superação as desigualdades sociais e uma reflexão histórica desde o momento em que surgiram no Estado. São elementos simbólicos, políticos e econômicos de diversas épocas que nos faz pensar a prática e política cultural capixaba e situar a discussão relacionada à perspectiva emancipatória da política social brasileira, das lutas e movimentos sociais. Paneleiras de goiabeiras com tradição de 400 anos, passada de geração em geração suas habilidades de artesãs que sabem tão bem representar. Um trabalho totalmente manual, desde a retirada da argila, barro preto do manguezal Vale do Mulembá em Joana D'arc, e levada para o pátio do galpão onde será pisoteada por um dia para fazer a limpeza das impurezas que possam alterar a qualidade da futura panela. Assim,a transformação da matéria em panela, polimento, a queima com açoites com o liquido tanino retirado do mangue. A cultura das paneleiras  de goiabeiras é de herança indígena, elemento constitutivo da identidade capixaba. A construção de identidades não são nunca completas, acabadas, estão sempre, como a própria subjetividade em processo de formação.Por isto, a construção dos quatrocentos anos da tradição das Paneleiras de Goiabeiras ocorreu aos poucos e pode ser mais distantes, e com contribuição da herança negra e indígena tornando a herança das Paneleiras de Goiabeiras ainda mais autentica. No sentido de Gênero, a  Panela de Barro não existia em si mesma, mas como produto de um sistema no qual as mulheres estão inscritas, de forma que ao pensar em panela significa reconhece-la como um símbolo, e reconhecer a mulher como artesã, com direitos as diversidades gênero, de raça e etnia. Para que isso acontecesse foi preciso o envolvimento e reconhecimento pelas políticas públicas em que, secretarias municipais assim como da cultura e a de obras, em trabalho conjunto, superassem muitas reivindicações vividas pelas mulheres paneleiras em criar espaço, na luta pela obtenção de matéria prima, em que, atualmente exercem seu ofício no tão sonhado Galpão, localizado próximo a faculdade UNIVIX. Diante de tudo, foi também há superação da auto imagem do grupo Paneleiras de Goiabeiras e a formação da identidade de Paneleiras, que passaram a ser reconhecidas mundialmente acompanhando uma trajetória de seu trabalho o que antes a imagem da mulher não era vista. Por fim, a questão cultural foi pensada como uma representação coletiva numa festa desenvolvida em 1991, e assim, passou a ser divulgada e comercializada as panelas. Hoje a festa  das paneleiras é realizada no próprioespaço do Galpão, festa para elas e além delas.



Os estudos no cotidiano de gênero e raça do município de Vitória se destacam  além das Paneleiras de Goiabeiras o Museu do Negro na grande Vitória; Festa de São Benedito;  Congo Panela de Barro;                    assim como Jongos e Caxambu em outras regiões do Estado.
Abaixo algumas apresentações do nosso legado cultural de Gênero e Raça.





Publicado por: Fabiana R S R Ferreira

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